O que se esconde atrás dos edifícios?
Em que garagem estacionam os corpos?
O que tem naquelas vielas?
O que o mudo quer falar?
Eis aqui almoço e jantar
O lado B e o lado A
A contradição ali está
Tentando entender e como mudar
Sabe-se lá a que visar
Educação e analfabetismo andam lá
Viram e reviram
O âmago periférico
Vigiam e protegem
A legalidade do agreste
Quanto se ganha?
Quanto se gasta?
Onde se gasta?
Como se gasta?
Já basta, tudo basta
Nada se arrasta
Vida escassa
Na onda da catraca
Quem se esconde está visível
Os corpos estacionados se movimentam
Nas vielas nada tem
Diz o mudo que os detém.
3 comentários:
Muito vívido e pulsante seu blog! Sua indignação me parece uma obra de estética deseperada, dá vontade de fugir e ficar lendo ao mesmo tempo. Não é pra qualquer um. Tira o ar da gente e nos oxigena ao mesmo tempo. Parabéns.
Sandro Sell
Que mudo é esse que não pode falar?
Adorei o texto, um dos mais tocantes que li... profundo... vai no âmago da questão.
RETIFICANDO MINHAS FALAS: "o que fez esse nudo calar,qualo motivo dele ter abstido a fala?..
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